"Já pintou verão, calor no coração..." - Música Baianidade nagô, Banda Beijo, que retrata bem a cidade nessa época do ano!
Há algum tempo, a prefeitura de Salvador proibiu a montagem de barracas nas praias da cidade, o que, na minha opinião, torna inviável frequentar e curtir a praia em família.
Quando morava em Salvador a gente ia muito curtir as praias do Flamengo, que fica logo depois da praia de Stella Mares e antes do aeroporto (no sentido de Lauro de Freitas), mas ainda não tinha levado o Miguel lá, justamente por que não tinha uma estrutura boa.
Mas, para minha alegria, agora em janeiro conseguimos passar 4 dias em Salvador, por um motivo muito especial: comemorar o aniversário de 30 anos da minha irmã e descobrimos a "Cabana Doce Vida" localizada na Praia do Flamengo e com uma ótima estrutura para receber toda a família!
Fomos em uma terça feira e chegamos lá por volta das 11h, a barraca ainda estava vazia e conseguimos pegar a melhor mesa para quem está com criança pequena: a que fica localizada embaixo de uma amendoeira enorme, proporcionando sombra o tempo todo, e colado com o parquinho, além de pertinho do bar e dos banheiros.
Podemos ter acesso à barraca tanto pela avenida, como pela praia.
Estávamos de carro e estacionamos na rua em frente a barraca, em Salvador tem um ônibus com ar condicionado que percorre toda a orla e vai até a praia do flamengo, só não tenho ideia de preço, pois faz bastante tempo que não o utilizo.
O Miguelito e sua priminha Linda curtiram muito o parquinho de areia com seus baldinhos e brinquedos!
A barraca tem mesas na parte de cima e também na areia da praia.
Conta com chuveiros de água doce, banheiros super limpos e com uma área reservada, no banheiro feminino, para o fraldário.
O mar nessa região nem sempre está calminho, e, por isso, a todo tempo tem salva vidas monitorando os banhista e fica ao lado da barraca.
Outras opções de barracas de praia são as localizadas em Vilas do Atlântico, um condomínio que fica no município de Lauro de Freitas, por isso, mais distante e, as vezes com bastante trânsito.
Estávamos com quatro crianças: João Paulo de 9 anos, Linda Maria de 3 anos, Miguelito de 1 ano e Maria Cândida de 5 meses, todos tiveram uma estrutura boa para curtirem e brincarem com segurança, claro, sempre sob os nossos olhares cuidadosos de pais!!
“Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo, Que tudo se realize no ano que vai nascer...” Hora de celebrar a chegada de um novo ano, local escolhido: de pura história brasileira! Celebrar o novo, conhecendo o velho...
Idade do Miguel: 1 ano e 1 mês
Período: 30/12/2013 a 02/01/2014
PLANEJAMENTO
Hospedagem
Desde
a procura do hotel já começamos a sentir como a estrutura
para turismo na cidade deixa a desejar (opinião pessoal)!
Procurei
muito e verifiquei que, a oferta não é muita, muitas hospedagens que
verificamos nas pesquisas são casarões e “parecem” não estar adaptados
para receber bebês/crianças pequenas: a maioria não tem ar condicionado,
em alguns, o apartamento standard não possui espaço para berço e copa
baby nem pensar.
Depois de muito pesquisar, mais uma vez
recorri a revista Viagem e Turismo, edição de julho de 2011, e chegamos na indicação
do Hotel Solar do Rosário e fechamos um pacote que incluía a ceia de réveillon, o
que para a gente foi tudo de bom!
Ficamos em um
apartamento standard e foi montado um berço no quarto, que é pequeno e
ficamos meio apertados, mas bem instalados.
Locomoção
Alugamos
um carro desde o aeroporto, ótima escolha, uma vez que se deslocar
pelas ladeiras de Ouro Preto com um bebê de 1 ano fica muito mais fácil
de carro!
Alugamos também a cadeirinha para o Miguel, que estava em bem melhor estado do que a do carro de Porto Alegre, mas mesmo assim, levei paninho para colocar no encosto e melhor acomodar nosso baby!
Alimentação
Mais uma vez, congelei as papinhas do almoço e jantar e transportei em bolsa térmica.
Já as frutas e os pães (Miguelito adoraaaa comer um pãozinho!, rs) foram do café da manhã do hotel.
Aprendi
a levar comigo também sempre bananas, são fáceis de transportar e para
comer bastar descascar, tem salvo nossa vida nas horas de imprevistos.
O que tinha na mala do Miguelito:
Canguru;
Carrinho guarda chuva, com tanta ladeira, não usamos muito;
Bolsinha-farmácia;
Babadores descartáveis;
Protetor solar;
Boné;
O que o Miguelito descobriu de mais especial nessa viagem:
Visitou o primeiro Museu: Museu da Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar.
E conheceu uma Mina: Mina da Passagem.
A VIAGEM - NOSSO ROTEIRO
1º. DIA – 30/12/2013
Imprevistos
acontecem e devemos estar sempre preparados, pelo menos tentar, o nosso
voo atrasou na saída de Brasília e esperamos um bom tempo para pegar
nossas bagagens na esteira do aeroporto em Belo Horizonte. Por isso, a
minha previsão de chegar em Ouro Preto por volta das 12h já estava
totalmente prejudicada.
Só conseguimos sair de BH às
12h30, por isso, esquentei o almoço do Miguel no escritório da locadora
do carro e ele acabou almoçando na estrada.
O tempo de
viagem do aeroporto de Cofins até Ouro Preto foi de 2 horas. A estrada é
boa, porém, bastante sinuosa merecendo muito cuidado, vale muito a pena
admirar a paisagem, pois é linda!
Chegamos em Ouro Preto por volta das 14h30 e encontramos a cidade lotada e o melhor: com o tempo bom!
Almoçamos
no restaurante “Chafariz”, Buffet de comida típica mineira, um lugar
muito charmoso e a comida gostosa (mesmo para mim que sou vegetariana),
almoçamos ao som de Bossa Nova, bom demais!
À noite fomos
ao restaurante “Sabor de Minas”, simples e com comida para todos os
gostos, eles servem desde pizzas a carnes na chapa, uma boa opção mais
em conta.
2º. DIA – 31/12/2013
Para
começar o dia uma dúvida surgiu: vamos andando com o Miguel no canguru ou
vamos de carro? Ainda bem que decidimos pela segunda opção!
Ouro
Preto é uma cidade linda, mas cheia de ladeiras e estava bem quente,
então para transitar tinha que ser de carro com ar condicionado, o que
proporcionou ao Miguel alguns cochilinhos agradáveis.
Fomos direto para o centro turístico da cidade: Praça Tiradentes, local onde a cabeça de Tiradentes foi exposta...
O
primeiro local que visitamos foi a Igreja de Nossa Senhora do Carmo,
que proporciona um mirante da cidade simplesmente fantástico!
Para
entrar na Igreja pagamos uma taxa de visitação no valor de R$2,00,
crianças até 6 anos não pagam, e recebemos um folheto com a história da
igreja e descrição dos itens que a compõe.
Eu,
particularmente, fiquei meio “assustada” com a representação da face de
Cristo que o artista fez das imagens dele em passagens da sua vida.
Quando
saímos da Igreja, começou a decepção em relação ao turismo na cidade,
simples assim: a cidade estava lotada de turistas e os principais pontos
de visitação estavam fechados!
A Igreja de São Francisco
de Assis, o Museu da Inconfidência e a Igreja de Nossa Senhora do
Pilar: fechados do dia 31/12 até o dia 02/01! Sendo que o Museu só abriu
no dia 02/01 às 12h30!
Passeamos pela Feirinha de
Artesanato, que fica em uma praça em frente a Igreja de
São Francisco de Assis, vale a pena o passeio e comprar algumas obras
feitas pelos artesãos locais.
Hora do
almoço: fomos conhecer o restaurante super tradicional na cidade
chamado “Conto dos Reis”, o local tem uma decoração bacana, retrata uma
senzala e serve Buffet de comida típica mineira.
Nossa
avaliação pessoal: o local é utilizado por vários guias turísticos como
indicação para o almoço, então fica lotado! Conseguimos uma mesa logo na
entrada, o que amenizou o calor, sim o ambiente é lindo, mas muito
quente e não tem uma boa ventilação, como a cidade já estava bem quente,
lá dentro estava um forno! Vale a pena conhecer, mas melhor seria se
estivesse mais vazio.
Final da tarde, com a temperatura
bem mais amena, fizemos um passeio a pé pela cidade com o Miguelito de
canguru!!! Ele adorouuuu, já o Alexandre, rs, fez bastante exercício
subindo as ladeiras com o Miguelito a bordo, rs!!
Descobrimos
uma exposição muito especial: A casa do Papai Noel, com itens fabricados por artesãs
locais “As meninas gerais”. Pena que chegamos próximo às 18h e já
estava quase fechando, então não deu para aproveitar muito.
Noite do Réveillon:
Nossa
noite foi super agradável, a ceia no hotel, a comida estava uma delícia, com direito a
bebida e espumante para o brinde da virada! Tudo isso com uma música ao
vivo tranquila que ficou mais agitada após a meia noite!
O Miguelito chegou dormindo, mas bastou ouvir a música que acordou e até dançou!
3º. DIA – 01/01/2014
Turistas
ávidos por passeios e os pontos turísticos da cidade fechados!
Recepcionistas do hotel não sabiam se as igrejas iriam abrir ou não e
até ligaram para um guia turístico para se informar e acreditem: ele
também não sabia!
Fomos passear pela cidade mesmo assim e
o que vimos eram vários grupinhos de turistas procurando o que fazer e nada para visitar, só nos restava contemplar as
paisagens.
Almoçamos mais uma vez no restaurante
“Chafariz”, já que não tinha outra opção aberta, dá para acreditar? Que
decepção! Ainda bem que o restaurante é bom! E deu para tirar essa foto
fofa do Miguelito:
Para nossa alegria, encontramos um passeio bacana para a tarde: Mina da Passagem!
De acordo com as informações constantes no folder:
“Maior
Mina de Ouro aberta a visitação no mundo, a Mina da Passagem guarda
segredos e mistérios que encantam a todos. A descida para as galerias
subterrâneas se faz de modo incomum, através de um troller, que chega a
315m de extensão e 120m de profundidade, onde se vê um maravilhoso lago
natural. O cenário interior da Mina impressiona a todos. A temperatura é
estável entre 17 e 20º. Desde a sua fundação no início do século XVII,
foram retiradas aproximadamente 35 toneladas de ouro.”
Preciso
dizer que é um ótimo passeio para os pequenos? E também para os
adultos! Vale a pena! Fica mais ou menos 10 quilômetros de Ouro Preto,
a estrada é boa, mas sinuosa, devendo ter cuidado com as curvas. A
entrada custou R$30,00 por adulto, o Miguel não pagou.
Descobrimos que Santa Bárbara é a protetora dos mineiros e que, em cada mina, tem um altar em sua homenagem!
4º. DIA
Último
dia na cidade e primeiro dia útil do ano: tomamos café da manhã cedo e
aproveitamos para visitar dois dos pontos turísticos imperdíveis:
Igreja
Matriz de Nossa Senhora do Pilar, taxa de entrada R$8,00, que dá acesso
a Igreja e ao Museu.
A
Igreja impressiona pelo Ouro, a capela-mor é de autoria de Francisco
Xavier de Brito. Na visita ao museu, que foi o primeiro museu da vida do
Miguelito!!!!, descobrimos um pouco mais sobre a aparição de Nossa Senhora do Pilar ( e
deu aquela vontade de ir até a Espanha, lá em Saragoza, onde está o
Pilar no qual a Nossa Senhora foi vista indicando o local onde deveria
ser construída a sua igreja, adoro quando uma viagem “puxa” outra!).
Além
disso, vimos também a imagem de Nossa Senhora das Mercês, com brincos
de topázio imperial, atribuída a Aleijadinho e que ficou desaparecida
por décadas até ser reencontrada em um antiquário.
Igreja São Francisco de Assis, taxa de entrada R$8,00, que dá acesso a Igreja e ao Museu do Aleijadinho.
O
Auge da viagem, sim, para mim, quando se trata Dele tudo é mais
especial e não seria diferente quando me deparei com a Obra fantástica
do Aleijadinho O representando, pena que não pode tirar foto, mas as
fotos não iriam expressar a emoção de estar lá.
No museu,
meus olhos se encheram de lágrimas ao observar a obra que retrata o
Cristo na Cruz e São Francisco o abraçando em um ato lindo de compaixão!
Sim, estudei no colégio a história e obra de
Aleijadinho, mas posso dizer que só “vivi” a sua Obra agora, tem coisas
que os livros, as fotos não revelam, temos que estar lá, esse é um dos
motivos de ser apaixonada por viagens, descobertas!
Última
parada para foto na praça Tiradentes, com o Museu da Inconfidência ao
fundo e visto só assim, uma pena, não conseguimos conhecê-lo, talvez em
uma próxima viagem, boa “desculpa” para voltar?
Guloseimas locais:
Provamos e aprovamos o chocolate de Ouro Preto!
Provamos e não achamos lá muita coisa o chopp ouropretano! Não provamos a cerveja!
O doce de goiaba em barra do Buffet do restaurante Chafariz: aprovadíssimo!!!
Para fechar, mais um casal para nossa coleção:
Esse feito de pedra sabão e comprado na feirinha de artesanato em frente a Igreja de São Francisco de Assis: